quarta-feira, 13 de abril de 2022

Paul Jeffers. Mistérios Sombrios do Vaticano. «Outubro de 1978: eleição do cardeal polaco Karol Wojtyla para o papado. Ele assume o nome de João Paulo II em homenagem ao papa morto. Nenhuma das instruções ou os decretos de João Paulo I foram colocados em prática»

Cortesia de wikipedia e jdact

Assassinato nas Ordens Sagradas

«(…) Segundo Yallop, o papa foi envenenado, provavelmente por alguém que adulterou um vidro do remédio para pressão baixa, chamado Effortil, que João Paulo mantinha na sua mesa de cabeceira. Yallop escreveu que as inconsistências nos informes do Vaticano a respeito da morte papal e da falta de uma autópsia indicavam um acobertamento. Era perfeitamente claro, ele escreveu, que em 28 de Setembro de 1978, esses seis homens, Marcinkus, Villot, Calvi, Sindona, Cody e Gelli, tinham muito a temer se o papado de João Paulo I continuasse. É igualmente claro que todos eles ganhariam de várias maneiras se o papa João Paulo I morresse de repente. Os teóricos da conspiração rapidamente encontraram uma previsão do assassinato de João Paulo nos escritos do profeta Nostradamus: Aquele que foi eleito papa será ridicularizado pelos seus eleitores. Essa pessoa prudente e empreendedora será subitamente reduzida ao silêncio. Decidem matá-lo por causa da sua grande bondade e moderação. Tomados pelo medo, o levarão à morte durante a noite. Tudo o que se podia dizer com certeza era que João Paulo havia sido papa por trinta e três dias.

Acontecimentos após a morte de João Paulo :

Outubro de 1978: eleição do cardeal polaco Karol Wojtyla para o papado. Ele assume o nome de João Paulo II em homenagem ao papa morto. Nenhuma das instruções ou os decretos de João Paulo I foram colocados em prática.

21 de Janeiro de 1979: o juiz Emillio Alessandrini, magistrado que investigava as actividades do Banco Ambrosiano, é assassinado.

20 de Março de 1979: Nino Pecorelli, jornalista investigador que expusera o nome de membros e os negócios do grupo maçónico P2, é assassinado.

11 de Julho de 1979: Giorgio Ambrosoli, depois de testemunhar a respeito de Sindona e Calvi nos círculos dos negócios do Vaticano, é assassinado.

13 de Julho de 1979: o tenente-coronel Antonio Varisco, chefe do serviço de segurança de Roma, é assassinado. Varisco também estava investigando as actividades da P2; tinha conversado com Giorgio Ambrosoli dois dias antes da morte de Ambrosoli.

2 de Fevereiro de 1980: o Vaticano desfaz um acordo para fornecer depoimentos em vídeo para o julgamento de Sindona nos Estados Unidos pelas acusações de fraude, conspiração e apropriação indébita de fundos ligados à falência do Franklin National Bank.

13 de Maio de 1980: tentativa de suicídio de Sindona.

8 de Julho de 1980: Roberto Calvi, preso também por fraude, tenta o suicídio.

1º de Setembro de 1981: o Banco do Vaticano reconhece seus interesses como controlador de uma série de bancos comandados por Calvi, com débitos superiores a 1 bilhão de dólares.

12 de Janeiro de 1982: os accionistas do Banco Ambrosiano enviam uma carta a João Paulo II expondo as ligações entre o Banco do Vaticano e Roberto Calvi, a P2 e a máfia. A carta jamais foi reconhecida.

27 de Abril de 1982: tentativa de assassinato de Roberto Rosone, gerente-geral do Banco Ambrosiano. Rosone estaria tentando limpar as operações do banco.

2 de Outubro de 1982: Giuseppe Dellacha, executivo do Banco Ambrosiano, morre depois de cair de uma das janelas do banco.

23 de Março de 1986: Michele Sindona morre por envenenamento na prisão italiana onde estava preso por ter sido o mandante da morte de Giorgio Ambrosoli.

O mais sensacional desses acontecimentos ocorreu em 17 de Junho de 1982. Nessa data, Roberto Calvi foi encontrado pendurado pelo pescoço numa ponte de Londres». In Paul Jeffers, Mistérios Sombrios do Vaticano, 2012, Editora Jardim dos Livros, 2013, ISBN 978-856-342-018(7)-3(6).

Cortesia de EJdosLivros/JDACT

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