domingo, 3 de julho de 2011

Roald Amundsen: «A sua «corrida contra-relógio» com o inglês Robert Scott, que Amundsen acabou por vencer ao chegar em primeiro lugar à meta, às três da tarde do dia 14 de Dezembro de 1911, é uma das aventuras mais admiráveis do século XX. Amundsen e Scott protagonizaram um duelo inesquecível»


(1872-1928)
Borge, Noruega
Cortesia de wikipedia

«Ao iniciar-se o século XX, restavampoucos desafios ao ser humano no que respeita à exploração do nosso planeta. Amundsen conseguiu superar três destes reptos:
  • navegar pela Passagem do Noroeste,
  • ser o primeiro a pisar o Polo Sul,
  • sobrevoar pela primeira vez o Polo Norte.
Roald Engelbregt Amundsen mostrou desde criança uma espantosa vontade de agarrar o que desejava como seu destino:
  • ser o grande explorador dos últimos confins da Terra.
Como as metas mais importantes que ficaram por conquistar eram as regiões polares, o menino Amundsen começou a preparar-se físicamente para vencer as condições mais adversas. Dormiu com a janela aberta em pleno Inverno desde os 8 anos para se habituar ao frio, começou a nadar nas gélidas águas norueguesas e a andar de bicicleta diariamente para se tornar competitivo, endurecer os músculos, melhorar o folgo e aumentar a sua resistência. Na sua juventude, apesar de acatar a imposição paterna de estudar medicina, Amundsen prosseguiu com o seu treino próprio de um atleta olímpico, à espera de poder cumprir a sua ambição de pioneiro.

Gjöa
Cortesia de wikipedia

Em 1893, depois da morte dos seus progenitores, com 21 anos e uma formidável preparação física e mental, Amundsen pôde finalmente entregar-se de corpo e alma à sua vocação de explorador. No seu entender, a maioria dos acidentes que tiveram lugar durante a exploração dos polos deviam-se à inexperiência dos capitães de navios naquelas latitudes. Assim sendo, ingressou na marinha norueguesa em 1894 e dedicou-se durante anos aos estudos científicos.
Em 1897, participou numa expedição belga à Antártida, onde a sua intervenção foi fundamental para salvar a vida dos marinheiros vitimados pelo escorbuto. Em 1903, já como navegador experiente, comprou um barco de pouco calado chamado Gjöa e, à frente de um grupo reduzido de exploradores, lançou-se na aventura de descobrir a mítica Passagem do Noroeste que une os oceanos Atlântico e Pacífico a norte do continente americano. Para dar a conhecer esta gesta, Amundsen realizou outra:
  • desembarcou e partiu com um trenó puxado por cães até ao telegráfico mais «próximo», situado em Eagle City, a 750 km de distância.
Na sua viagem através das terras do Alasca, que incluiu a travessia de uma cadeia de montanhas de 3000 metros de altitude, Amundsen conviveu com os esquimós, numa aprendizagem inestimável para as suas futuras expedições.


Cortesia de wikipedia

Após realizar o sonho de todos os exploradores desde a descoberta do Novo Mundo e de estabelecer a posição do polo magnético do Norte, Amundsen, com 36 anos, começou a preparar-se para a aventura árctica suprema:
  • a descoberta do Polo Norte.
No entanto, viu os seus planos frustrados em finais de 1909, quando o norte-americano Robert Peary garantiu ter chegado ao Polo Norte. No mesmo instante em que ficou a saber a notícia, Amundsen decidiu mudar o rumo da sua expedição... até ao polo oposto, pois, nessa altura, o Polo Sul passou a ser o último desafio polar. A sua «corrida contra-relógio» com o inglês Robert Scott, que Amundsen acabou por vencer ao chegar em primeiro lugar à meta, às três da tarde do dia 14 de Dezembro de 1911, é uma das aventuras mais admiráveis do século XX. Amundsen e Scott protagonizaram um duelo inesquecível. No entanto, a bandeira que ficou no extremo mais austral da Terra foi a norueguesa». In Gayban Grafie.

Cortesia de Gayban/JDACT