terça-feira, 14 de outubro de 2014

Maçonaria. Do Outro Lado da Luz. William Schnoebelen. «Por que homens ‘piedosos’, cristãos que muitas vezes são diáconos, presbíteros ou até mesmo pastores ficam tão aborrecidos por causa da mera ‘pregação da verdade evangélica’? ‘Qual é o problema grave com a franco-maçonaria’?»

Cortesia de wikipedia

«(…) Para uns, é uma excelente organização cristã. Mas, para os maçons de grau mais elevado que sabem o que se passa nos bastidores, é algo muito diferente. Se pensa que uma pessoa pode ser um bom cristão e um bom maçom ao mesmo tempo, precisa conhecer os factos. Saiba que, para ser maçom, precisa primeiro de fazer um juramento que, na verdade, é uma negação de Cristo. Qual é o grande problema com a maçonaria? É apenas um bando inofensivo de pessoas andando por aí com chapéus divertidos. Essa questão faz vista grossa ao dano terrível que a franco-maçonaria pode e de facto aflige ao cristão e à Igreja. Deve-se esclarecer, contudo, que os próprios maçons não são o problema. São apenas vítimas em uma batalha maior. A maçonaria é uma religião anti-cristã, e quando cristãos, especialmente líderes cristãos, juntam-se a ela, devemos estar atentos. Quando cristãos tomam parte em rituais pagãos é um assunto totalmente diferente. Eles devem entender melhor, mas ou não querem saber a verdade sobre a sua Loja, ou estão por demais ocupados para perscrutar sob a superfície da franco-maçonaria para investigar se todos os seus chavões piedosos são genuínos. Deus avisa: … o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Espera-se que o pai, no lar cristão, seja um sacerdote para a sua família. Mas o que acontece a ele e à sua família se ele se precipita no paganismo da franco-maçonaria? Inicia-se uma subtil ruptura espiritual.
Por que isso acontece? Por que homens piedosos, cristãos que muitas vezes são diáconos, presbíteros ou até mesmo pastores ficam tão aborrecidos por causa da mera pregação da verdade evangélica? Qual é o problema grave com a franco-maçonaria? Para responder a essas questões muito importantes examinaremos porque a maçonaria é espiritualmente perigosa à luz do único livro que realmente conta, a Bíblia Sagrada. A que conclusões cheguei no meu estudo da Palavra de Deus que me mostraram que eu não poderia mais ser maçom e ao mesmo tempo seguidor do meu recentemente encontrado Mestre e Senhor, Jesus Cristo? A fonte principal de informação é a Bíblia. Mas por causa da grande confusão e do entendimento errôneo sobre a franco-maçonaria (parte do qual criado intencionalmente), citaremos os livros oficiais da maçonaria ao comparar o seu ponto de vista com o da Bíblia. Quais são estes livros oficiais da franco-maçonaria? Essa é uma questão delicada, visto que a maçonaria é secreta. Todavia, dos meus nove anos na Obra (como às vezes a maçonaria é chamada), creio que a hierarquia de livros que uso para referências fará com que todo o maçom honesto reconheça como um bocado definitiva:

  • Os Rituais. Estes são os próprios livros que contêm os trabalhos, editados com o imprimatur de toda Grande Loja de cada estado. São as autoridades mais altamente reconhecidas, como a Bíblia o é para os cristãos. Faremos citações destes livros rituais, mesmo que eles sejam considerados secretos e protegidos por juramentos temíveis, de sangue, pois o Senhor nos ordenou trazer à luz as coisas ocultas das trevas. Esses livros dos rituais são diferentes em cada estado, e há ligeiras variações entre eles. Eles também não estão disponíveis para os profanos (não-maçons), de modo que usaremos o Ritual Monitor, de Duncan, que é antigo e impresso, sendo substancialmente (95% ou mais) idêntico ao trabalho ritual moderno na franco-maçonaria; 
  • Escritos com autoridade. Se os livros de ritual são as bíblias da Loja, estes escritos com autoridade seriam o equivalente, no cristianismo, aos escritos dos Pais da Igreja. São obras de referência, compêndios filosóficos ou tratados eruditos escritos por homens de indiscutível estatura dentro da maçonaria. Muitos deles são maçons do 33° grau. Outro livro é a assim chamada Bíblia Maçónica que é simplesmente uma edição da Bíblia com o selo maçónico estampado na frente e cerca de 100 páginas de ilustrações e texto adicionais mostrando como os ensinos e lendas maçónicos supostamente podem ser apoiados pela Bíblia. Também está incluída a literatura que circula pelos corpos oficiais, tais como panfletos, etc., levando a marca impressa de uma Grande Loja ou de Conselhos Supremos, ou do Rito de York ou Escocês; 
  • Escritos educacionais ou filosóficos. Estes livros, os inferiores na hierarquia da autoridade definitiva, são as obras dos eruditos ou historiadores maçónicos menos notáveis, homens que são maçons, e que até mesmo podem ter o cobiçado grau 33°, mas que não são autoridades mundiais. Estes livros são concebidos para inspirar, informar ou edificar o leitor maçom. Uma comparação da Bíblia com os livros maçónicos provará se a franco-maçonaria é tão inofensiva quanto alega ser.
In William Schnoebelen, Masonry Beyond the Light, 1991, Maçonaria Do Outro Lado da Luz, 1995, CLC Editora.

Cortesia de CLC/JDACT